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segunda-feira, setembro 04, 2006

DESCIDA MONDEGO

Ora bem, um grande bem-haja e claro "Saúdinha da boa" para todos. A algum tempo que não dava o ar da minha graça por estas paragens,mas resolvi vir cá devido á promessa de expor neste blog a nossa descida do Mondego há uns tempos atrás. Tudo começou naquele famoso sábado em que a hora combinada vejamos....até me custa acreditar...recapitulando! sábado, de manhã , 7 da manhã,é verdade durante anos me interroguei se os pássaros chilreavam de manhã, se havia enfim a parte "DE MANHÂ" ao sábado :) mas pronto desvendado o mistério. existe efectivamente uma manhã ao sábado e os pássaros fazem uma grande algazarra, lá nos encontrámos todos e seguimos viagem a caminho de Coimbra.Chegando a Coimbra Sul começa a primeira aventura do dia, através de um mapa super manhoso ,descobrir o caminho para o ponto de encontro com o pessoal da canoagem, mas como líder de um dos melhores grupos de escuteiros em que pertenci paí sem exagero 10 anos, descobrimos finalmente o caminho guiados por 2 velhinhas locais. Chegados ao ponto de encontro logo nos auto-entitulámos como tripulação do “capitão Cardoso” ,ao que com isto entrámos então na camioneta que nos iria transportar juntamente com dezenas de tripeiros a Penacova, que iria marcar o inicio da nossa extasiante descida J
Chegámos, deram-nos o equipamento, um salva vidas que para mim dava-m para desfilar uma noite no “TRAMPS” só me faltava 1 piercing no umbigo e estar com o Castelo Branco de mão dada…adiante, como principiantes tivemos um “briefingzito” de um profissional da canoagem, do que se deve ou não fazer, os cuidados e a melhor maneira de (e esta é importante) de NÂO VIRAR A CANOA J
Claro que ouvimos atentamente o Senhor de cabelo loiro de risco ao lado vindo da extremidade da orelha com uns óculos escuros á “pop-chulo da Buraca” com sotaque do norte. Á medida que se vai desenrolando a explicação, mais me mentalizava que ia para um campo de batalha, em que ia lutar pela minha vida e pela da minha companheira em que a minha única arma seria uma “Pagaia”, ele exagerava nos “cuidados” e nos “atenções” e nos “ todos os dias morrem ali pessoas”(esta inventei agora) fim da explicação…lançámo-nos na aventura. Upa para dentro do barco, os companheiros apanhavam o jeito e tentavam-se conciliar com o parceiro até que…MEU DEUS…OS PRIMEIROS RÁPIDOS!!!! Ainda por cima eu olhava para ambos os lados da canoa e só via meninos como este na foto.Os nervos começam a invadir o meu corpo,acompanhado de suores frios,a adrenalina começa a subir,será que iríamos sobreviver a tamanha malvadez mondeguiana? Amigos, posso dizer que os famosos rápidos do Mondego,abanaram-nos de tal ordem, que acho que já vi berços a abanarem com mais força sem acordar o bebé J a descida continuou e eis que vimos uma possível doca,um areal apetecível, agradável para a nossa primeira paragem,digo isto pq foi complicado a nossa primeira vez a tentar ancorar o kayak e apanhar o jeito aquela maldita pagaia. Descendo o rio Mondego…o que mais dizer, calma, harmonia, sossego eu ainda procurei as árvores de fruto que o monitor tanto insisti para nós não mexer-mos,mas deviam estar muito bem escondidas, era o descanço e o descarregar do stress do trabalho e do dia-a-dia pela ponta da pagaia. realmente é maravilhoso .De vez em quando lá juntávamos as canoas, disfrutando todos juntos daquele diamante ambiental,tirando algumas vezes que os tenrinhos se armavam em anti-sociais e andavam ás turras ora com um barco de velhinhos ora no despique com os outros barcos J Descendo,parando,apreciando,disfruntando lá ia-mos nós rio abaixo,passando in-extremis todas os perigos e complicações do rio(mais uma vez uma palavra de apresso ao nosso monitor….já vi montagens de legos mais complicadas)a parte que se calhar podia virar,curiosamente saltei tipo rambo para a água ,onde as complicados,rudes e enormes marés me colocaram com….a água NEM PELA CINTURA…ia morrendo de rir. Fizémos a nossa maior paragem, numa linda praia fluvial,desenbarcámos e encaminhámo-nos ao único barzinho para cessar a nossa sede debaixo do tórrido calor que se fazia sentir naquele dia. Uns filhos outros enteados,uns pagam 1 € outros 2€ pelas bifanas mas lá continuámos a nossa viagem.Com as 2 pontes á vista lá acabou a nossa aventura naquela famosa margem esquerda . Tenho apenas a dizer que temi pela minha vida umas 2 ou 3 vezes quando a minha pequena Joana, decidiu inventar uma nova modalidade, canoas-de-choque …mas contra rochas J Foi mais uma história super resumidissíma do que realmente se passou, e só quem lá esteve é que pode relembrar as peripécias e a excelente tarde passada.em seguida deixo-vos um vio de um violento enbate causado pelo nosso Capitão Cardoso,em que num dos momentos de lazer em que nos encontrávamos com as canoas lado a lado,o nosso Cardoso se lembrou de nos por a navegar de costas,tive sorte,ainda consegui sacar do móvel e gravar o momento do pequeno embate e naufrágio que tivemos contra aquela linda margem. A todos Cláudia,Edgar,Ana,João,Joana , um até á nossa próxima descida.